O título de Presidente Honorário da Fundação Gorceix, concedido a Amaro Lanari, é o reconhecimento dos esforços de uma vida voltada para a melhoria da comunidade geral e acadêmica de Ouro Preto. Seu nome representa, hoje, muito mais que suas conquistas como grande empresário; representa a imagem de um grande líder que, junto a um grupo de ex-alunos, ajudaria a mudar os rumos do desenvolvimento do setor mínero-metalúrgico brasileiro, e de muitas vidas que obtiveram novas oportunidades através da Fundação Gorceix.

Engenheiro de Minas, Metalurgia e Civil, nasceu em Bambuí, em 22 de dezembro de 1904. Mudou-se para Ouro Preto para concluir o secundário no antigo Ginásio Municipal (Colégio Municipal Alfredo Baeta). Enquanto estudava Engenharia, lecionou Matemática no Colégio Arquidiocesano de Ouro Preto e no ginásio em que concluiu seus estudos, onde viria a ser diretor em 1944. Além da vida acadêmica, trabalhou como agrimensor do Estado de Minas Gerais e no Setor de Serviços de Melhoramentos Urbanos. A partir de 1929, foi designado professor catedrático interino de Resistência dos Materiais, Grafoestática, Concreto Armado e Hidráulica, Estabilidade das Construções e Máquinas da Escola de Minas. Tornou-se membro do Conselho Técnico-Consultivo da Escola de Minas, vice-diretor de 1947 a 1956 e, posteriormente, diretor da Escola de Minas. Foi responsável pelo desmembramento do antigo Curso Geral e pela modernização do ensino na Escola de Minas, criando os cursos de Engenharia Metalúrgica, Engenharia de Minas, Engenharia Geológica e Engenharia Civil. Liderou o desligamento da Escola de Minas da Universidade do Brasil e em sua gestão, foi encomendado o primeiro projeto da nova sede da Escola de Minas. Participou da criação da Fundação Gorceix, tendo a honra de ser o seu primeiro presidente. Retornou posteriormente, após o falecimento de Theófilo Marques Álvares da Silva, comandando a Fundação Gorceix até julho de 1965.

Natural de Alvinópolis, nasceu em 27 de junho de 1909. Graduou-se pela Escola de Minas de Ouro Preto em Engenharia de Minas e Civil na turma de 1933. Trabalhou em Juiz de Fora como chefe da Seção de Força e Luz da Companhia Mineira de Eletricidade no período de 1933 a 1939. Em Passagem de Mariana, foi engenheiro da Mina da Passagem, de 1939 a 1942, e engenheiro assistente do Departamento de Eletricidade da Companhia de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira, de 1942 a 1945. Dedicou parte de sua vida acadêmica lecionando na Escola de Minas de Ouro Preto como professor catedrático interino na disciplina de Física (Parte I e Parte II). Logo após defender sua tese sobre “Análise Dimensional”, foi efetivado após ser aprovado em concurso de provas e títulos. Lecionou a disciplina de Pontes como professor catedrático da Escola de Engenharia de Juiz de Fora e foi vice-presidente da Escola Nacional de Minas e Metalurgia da Universidade do Brasil. Na Fundação Gorceix, foi presidente de agosto a novembro de 1962, data de seu falecimento.

Formado em Engenharia Civil e de Minas pela Escola de Minas de Ouro Preto na turma de 1937, Raimundo de Campos Machado nasceu em 16 de dezembro de 1916 em Pitangui. Grande parte de sua vida foi dedicada ao mundo acadêmico, lecionando como professor catedrático na disciplina de Termodinâmica Aplicada na Escola de Minas durante 20 anos, onde ajudou a fundar a Revista da Escola de Minas – REM, sendo o seu primeiro diretor. Homem de atitude e pensamento inovador, desenvolveu sua tese de doutorado sobre o “Aproveitamento do Calor Terrestre”. Fez extensão em Engenharia Metalúrgica sobre a “Indústria do Alumínio: Fabricação de Alumina, Alumínio e Mineração de Bauxita”, no Centre d’Etudes Industrialles, em Genebra. Além de seus trabalhos acadêmicos, trabalhou em várias empresas da área mínero-metalúrgica de destaque nacional e internacional, como Eletro Química Brasileira, Alumínio Minas Gerais S/A e Grupo ALCAN do Brasil. Foi consultor da Eletronorte e da Companhia Vale do Rio Doce para a instalação de vários projetos. Publicou vários artigos e participou de vários livros técnicos, entre eles: Alumínio Primário e Energia Elétrica (1979); Brasil Exportador de Alumínio (1973); Apontamentos da história da Indústria do Alumínio no Brasil (1985) e Perspectivas para a Indústria do Alumínio Primário no Brasil (2004), enriquecendo a literatura mínero-metalúrgica de Minas Gerais e do Brasil.

Graduado em Engenharia de Minas e Civil pela Escola de Minas, Theodorico da Cruz, mineiro de Ponte Nova, formou-se com a turma de 1931. Dedicou-se à vida acadêmica e ao ensino. Foi professor de Física e História Natural no Ginásio Arquidiocesano de Mariana; professor de Física, Química e Matemática no Ginásio D. Helvécio de Ponte Nova, e professor na Escola Superior de Agricultura e Veterinária de Viçosa, nas disciplinas de Matemática, Física, Hidráulica Agrícola e Eletrotécnica. Em Ouro Preto, lecionou na Escola de Minas como professor catedrático interino na disciplina de Materiais de Construção e Determinação Experimental de sua Resistência, Tecnologia das Profissões Elementares e Processos Gerais de Construção. Também foi professor catedrático de Eletrotécnica Geral, Máquinas Elétricas, Medidas Elétricas e Magnéticas. Além da Escola de Minas, foi professor de Física no Colégio Arquidiocesano de Ouro Preto e na Escola Técnica Federal de Ouro Preto, na cadeira de Eletrotécnica. Foi presidente do Conselho de Representantes da Escola Técnica Federal de Ouro Preto e da Fundação Gorceix, no período de abril de 1970 a fevereiro de 1976.

Carioca, nasceu em 1915. Graduou-se em Engenharia de Minas, Metalurgia e Civil pela Escola de Minas de Ouro Preto na turma de 1938. Foi um dos criadores da SEE – Sociedade Excursionista e Espeleologia da Escola de Minas, o grupo espeleológico mais antigo das Américas e ainda em atividade. Sua primeira atuação foi na empresa Eletroquímica Brasileira, atualmente denominada Noveles, exercendo diversas funções, como superintendente do Departamento de Energia Elétrica e na Divisão de Engenharia, responsável por desenvolver o projeto execução e funcionamento dos fornos elétricos para produção de Ferro-Ligas e Células Eletrolíticas de Alumínio. Trabalhou em projetos estatais, exercendo diversas atividades, como na construção da Usina de Salto Grande e da linha de transmissão Salto Grande – Santa Luzia. Atuou como consultor para a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN, na instalação de uma fábrica de ferro-liga em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais. Em obras federais, exerceu atividades como colaborador e assessor na preparação do Plano Nacional de Eletrificação. Defendeu sua tese sobre a "Regulação Automática de Fornos Elétricos", obtendo posteriormente o título de professor catedrático da Escola de Minas. Publicou vários artigos científicos na área mínero-metalúrgica, como: "A produção de Cimento Aluminoso em Fornos Elétricos", "Cálculo de Enrolamento de Motores", "Conexões em Barramentos" e "Estudos de Curto Circuito" pela Revista Escola de Minas - REM, entre várias outras publicações técnico-científicas.

Nascido em Uberaba, em 15 de dezembro de 1913 e faleceu em 1984. Graduou-se em Engenharia de Minas e Metalurgia pela Escola de Minas de Ouro Preto na turma de 1940. Em seu período estudantil, estagiou na empresa Eletroquímica Brasileira S/A - Elquisa. Recém-formado, trabalhou na Mineração Morro Velho, em Nova Lima. Em 1942, retornou para a Elquisa, que posteriormente passaria a se chamar Alumínio Minas Gerais – Aluminas, onde foi gerente em várias áreas, como na Fábrica de Ferro-Ligas, da Produção da Fábrica de Cimento Aluminoso e da primeira Redução de Alumínio. Foi também o coordenador do processo que resultou na primeira corrida de lingotes de metal no Brasil. Ajudou a fundar a empresa Estamparia Cruzeiro Ltda, direcionada para a produção de artefatos de alumínio fundido em Belo Horizonte. Ocupou várias funções de gerência na recém-criada Alumínios do Brasil, resultado da Fusão da ALCAN com a Aluminas, principalmente na parte de mineração, serviços de reflorestamento e suprimento de carvão vegetal e serviço externo das operações da Fábrica de Saramenha. Paralelo à vida profissional, lecionou na Escola de Minas de Ouro Preto, de 1946 a 1983, na disciplina de Geometria Descritiva. Defendeu sua tese sobre “Aplicações da Homologia Descritiva – Método de Denise”, tornando-se professor catedrático da disciplina Geometria Descritiva e suas Aplicações – Elementos de Geometria Projetiva.

Paulista de São Carlos, nasceu em 26 de julho de 1935 e faleceu em setembro de 2014.Formou-se pela Escola de Minas em 1961, em Engenharia de Minas e Metalurgia. Fez sua pós-graduação no Instituto de Metalurgia da Escola de Minas como bolsista da Usiminas, onde posteriormente se tornou pesquisador e professor assistente na cadeira de Metalurgia Geral, no período de 1970 a 1974. Foi professor adjunto, com dedicação exclusiva, na disciplina de Metalurgia Geral da Escola de Minas, de 1974 a 2003, e de Metalurgia Processual, de 1975 a 1990. Além de várias outras atividades desenvolvidas para o mundo acadêmico, foi chefe do departamento de Engenharia Metalúrgica da Escola de Minas nos períodos de 1979 a 1980 e de 1999 a 2003. Tornou-se diretor interino da Escola de Minas de 1970 a 1980. Conselheiro do CREA/MG, de 1979 até 1989, representou a Associação dos Antigos Alunos da Escola de Minas de Ouro Preto – A3EM e foi Coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica e Metalúrgica do CREA/MG. No setor privado, foi supervisor de Produtos Acabados e membro da Divisão de Pesquisa da Usiminas, e chefe do Controle de Qualidade dos Departamentos de Extrusão e de Cabos Condutores da Companhia Brasileira de Alumínio. Atuou no Departamento de Controle de Qualidade da ALCAN Alumínio do Brasil/Saramenha e fez parte da American Society for Testing and Materials – ASTM. Na Fundação Gorceix, foi presidente entre 1984 a 1989 e membro do Conselho Diretor de 1980 a 1989.

Filho do principal instituidor da Fundação Gorceix, Amaro Lanari Júnior nasceu em Ouro Preto em 25 de outubro de 1913 e faleceu em 7 de dezembro de 1999. Formou-se em Engenharia Civil, de Minas e Metalurgia pela Escola de Minas de Ouro Preto na turma de 1936. Foi engenheiro chefe da Laminação e Trefilaria da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira, engenheiro de construção da Estrada de Ferro Brasil/Bolívia, engenheiro chefe da Siderúrgica Aliperti – São Paulo, e também presidente da Companhia Aços Especiais Itabira S/A – ACESITA. Tornou-se vice-presidente da Associação Brasileira de Metais; presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia e representou o Brasil junto ao Instituto Internacional de Ferro e Aço. Na área de desenvolvimento de tecnologia nuclear, foi diretor superintendente do Instituto Brasileiro de Qualidade Nuclear, quando realizou um longo estudo sobre “Novas bases para uma política siderúrgica”. Presidiu a USIMINAS, por 18 anos (1958 – 1976), a FIAT Automóveis do Brasil por dois anos (1983 – 1985) e foi vice-presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG. Destacou-se também na área acadêmica com diversos trabalhos de pesquisa, entre eles: “Ideias para uma nova reestruturação dos cursos de engenharia, sobretudo em Ouro Preto” pela Revista da Escola de Minas – REM, e o artigo “Setenta anos depois, Gorceix volta a sua Escola de Minas de Ouro Preto”.

Ouro-pretano, nasceu em 5 de dezembro de 1915 e faleceu em 23 de junho de 2010. Graduou-se em Engenharia Geral pela Escola de Minas de Ouro Preto. Atuou em projetos da Empresa Brasileira de Engenharia S/A – EBE nas áreas de Sistemas Gerais de Infraestrutura, como eletricidade, água e esgoto, onde posteriormente viria a se tornar gerente-geral e vice-presidente. Participou da montagem dos Sistemas de Sinalização e Proteção ao Voo para o Ministério da Aeronáutica nos aeroportos e bases aéreas do Galeão, Campo dos Afonsos, Santa Cruz, Belo Horizonte, Vitória, Cumbica e Canoas. Participou de obras importantes do setor de engenharia em várias regiões do Brasil, como no Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Ainda na EBE foi diretor responsável pela construção e montagem da Subestação de Tijuco-Preto (Mogi Guaçu) – terminal das linhas de corrente alternada da Usina de Itaipu, que viria a ser a maior subestação da América Latina. Na vida acadêmica, fez estágio no Departamento de L.T. “Extra-Alta-Tensão” da “Liner Powers Erector”. Participou ativamente do grupo que idealizou a Universidade Federal de Ouro Preto. Foi um dos ex-alunos que participou da criação da Fundação Gorceix. Entre várias medalhas e condecorações recebidas, destacam-se a Medalha de Ouro Santos Dumont do Ministério da Aeronáutica, Medalha da Inconfidência/Grau Ouro, Medalha de Ouro pela Contribuição na Construção da Usina de Itaipu e a Medalha de Prata da Escola de Minas.

Nascido em Santos Dumont em 24 de dezembro de 1956, graduou-se pela Escola de Minas de Ouro Preto, em Engenharia Metalúrgica. Entre vários cursos extracurriculares e de pós-graduação, concluiu um MBA para a área de gerenciamento de negócios, pela McGill University, em Montreal – Canadá. Dedica-se ao mercado mínero-metalúrgico há mais de 30 anos, e já trabalhou em diversos países como Omã, Grécia, China, Austrália, Camarões e África do Sul. Gerenciou projetos em grandes empresas mineradoras que são exemplos de gestão para o Brasil e para o mundo. Entre essas empresas, destacam-se a SNC Lavalin do Brasil e a ALCAN. De 2005 a 2006 foi presidente da ALCAN Ásia; morou no Canadá e na Jamaica, onde desenvolveu e acompanhou vários projetos. Enquanto residia em Ouro Preto, entrou para o corpo docente da Universidade Federal de Ouro Preto, lecionando a disciplina de Máquinas Hidráulicas, no período de 1980 a 1995. Entrou como membro do Conselho da Fundação Gorceix em junho de 1999. Atualmente, faz parte do grupo de Diretores da Votorantim Metais, desde junho de 2007, na área de Desenvolvimento de Projetos, passando a comandar o setor de Negócios de Alumínios. Em 2011, assumiu o comando da Novelis América do Sul.

Paulista da cidade de Assis, nasceu em 1962. Graduado em Engenharia de Minas pela Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto em 1985/2, com pós-graduações em Engenharia Econômica pela Fundação Dom Cabral e em Finanças Empresariais pela Fundação Getúlio Vargas no Brasil. Cursou Fundamentals of Business Administration at Columbia University USA e Leadership Programs no Massachusetts Institute of Thecnology (MIT-USA) e no International Institute for Management Development (IMD-Suíça). Trabalhou cerca de 31 anos na Vale onde ocupou o cargo Diretor Global de Pelotização e cerca de 4 anos na CSN Mineração como Diretor de Minério de Ferro. Possui sólida experiência em toda a cadeia produtiva de ouro e principalmente minério de ferro, com atuação em diversos estados no Brasil e no exterior. Atuou como Presidente do Conselho de Administração da Vale Omã Pelletizing Company, Presidente do Conselho do Museu Vale no ES, Vice-Presidente do Conselho da AMCHAM ES, Membro do Conselho de Administração da ABM e Membro do Conselho de Administração do IBEF ES. Atualmente é Conselheiro Consultivo Certificado pela CelintBra e atua como Membro do Conselho Diretor da Fundação Gorceix.

Cristovam Paes de Oliveira (para ver o currículo completo clique aqui) nasceu no distrito de Hermílio Alves – Carandaí, em 27 de fevereiro de 1946, graduou-se em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP, onde posteriormente investiria grande parte de sua vida. Em sua trajetória acadêmica, defendeu sua tese de doutorado pela Universidade de Paris XI (Paris-Sul), em 1977, orientado pelo Professor Doutor Paul Lacombe. Sempre envolvido com a Escola de Minas da UFOP, lecionou diversas disciplinas na área de Metalurgia Física. Como pesquisador, publicou e participou de vários artigos científicos, contribuindo diretamente para o desenvolvimento da área mínero-metalúrgica de Minas Gerais e do Brasil. Recebeu várias homenagens, dentre elas a Medalha de Honra da Inconfidência Mineira e, na França, tornou-se "Membre d´Honneur de la Société Française de Metallurgie et de Matériaux". Em 1980, tornou-se diretor da Escola de Minas. Em 1988, foi eleito Reitor da UFOP. Foi coordenador de Mestrado e Doutorado em Engenharia de Materiais na REDEMAT, de 1996 até 2001, e ainda participa como orientador e ou co-orientador de diversas dissertações e teses, acompanhando de perto o desenvolvimento de projetos de pesquisa dos alunos da Escola de Minas da UFOP.